Câncer de Testículo

VISÃO GERAL

O Câncer de Testículo representa o tumor sólido que mais acomete os jovens do sexo masculino entre 15 e 45 anos de idade. A incidência desse tipo de tumor aumenta drasticamente após a puberdade, atingindo um pico entre os 25 e 35 anos. A incidência do Câncer de Testículo apresentou um aumento significativo nos últimos anos e, no Brasil a incidência anual desse tipo de tumor é de 2,21 por 100.000 homens.

Apesar do aumento da incidência de indivíduos com Câncer de Testículo, a mortalidade tem diminuído com o advento das melhorias de estadiamento, classificação de riscos e propostas terapêuticas.

CAUSAS

Embora a causa do Câncer de Testículo seja desconhecida, fatores congênitos e adquiridos têm sido associados com desenvolvimento tumoral. A associação mais forte é com testículos não-descidos (Criptorquidia).

A administração de estrogênio durante a gravidez tem sido associada com aumento do risco relativo.

Os fatores adquiridos como trauma e atrofia relacionada a infecção também têm sido associados.

DIAGNÓSTICO

Massas sólidas intra-testiculares devem ser sempre consideradas suspeitas de tumores malignos.

O Câncer de Testículo em sua maioria é indolor (90%) e, portanto, não detectado pelo paciente.

O exame físico é fundamental no diagnóstico do Câncer de Testículo por meio de um exame bimanual iniciando-se pelo testículo normal, permitindo a avaliação do tamanho, consistência e presença de nódulos endurecidos e contornos irregulares.

A coleta de marcadores sanguíneos faz parte da elaboração do diagnóstico.

São eles:

  • Beta-Hcg
  • Alfa-fetoproteína
  • Desidrogenase láctica

A ultrassonografia testicular é um exame que traz informações apuradas sobre o Câncer de Testículo.

TRATAMENTO

A lesão testicular primária deve ser removida por meio de orquiectomia realizada por acesso inguinal, com ressecção alta do cordão espermático.

A Quimioterapia e Radioterapia também podem ser utilizados na dependência dos tipos celulares e da extensão da doença (Metástases).

PERGUNTAS FREQUENTES

O Câncer de Testículo não costuma causar dor. O paciente pode notar um endurecimento ou um crescimento exagerado num curto período de tempo.

É importante que o paciente realize sempre o auto-exame, palpando periodicamente o testículo. Qualquer anormalidade deverá procurar o urologista.

A origem do câncer de testículo ainda não foi elucidada, porém alguns fatores de risco são bem estabelecidos. A associação mais forte é com a criptorquidia, que é a situação na qual o testículo não “desceu” até a bolsa testicular. Tal situação pode ser notada já no nascimento. Caso persista após os 6 meses de idade, deverá ser operado.

Não. Homens que têm apenas um testículo são capazes de terem filhos e produzir o hormônio masculino testosterona que confere as características masculinas.