Doença de Peyronie
VISÃO GERAL
A doença de Peyronie é uma degeneração estrutural adquirida, fibrótica da túnica albugínea do pênis.
A túnica albugínea é um tecido muito resistente que recobre os corpos cavernosos que são responsáveis pela ereção.
Fibrose e formação de placas, inclusive com calcificações, podem resultar em deformidade, encurtamento e tortuosidade peniana evidentes principalmente durante a ereção.
Pode haver também dificuldade na penetração vaginal, insatisfação no intercurso sexual, sendo, portanto, uma disfunção sexual.
Os homens que estão na faixa etária dos 40 a 70 anos são os mais acometidos.
CAUSAS
Existem inúmeras hipóteses para explicar a etiologia da Doença de Peyronie sendo a mais aceita aquela que a doença seria o resultado final de traumas agudos e repetitivos do pênis.As placas são formadas por tecido colágeno denso com reduzido número de fibras elásticas.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico em geral é realizado pela história clínica, sexual e exame físico. O exame físico inclui avaliação de nódulos palpáveis e o comprimento do pênis.
A curvatura é melhor documentada por uma auto-fotografia ou ereção farmacologicamente induzida.
Pacientes portadores de Doença de Peyronie podem apresentar qualquer combinação dos seguintes sintomas:
- Curvatura peniana
- Placa ou nódulo palpável
- Ereção dolorosa
- Disfunção erétil
A Doença de Peyronie manifesta-se em duas fases:
Fazem inflamatória aguda - normalmente autolimitada com duração de 6 a 18 meses. Comumente caracteriza-se por dor, encurvamento ativo peniano e formação de nódulos no pênis.
Fase crônica - é marcada por mínima ou nenhuma dor, estabilidade das dimensões da placa e da curvatura ou alterações estruturais. A curvatura residual geralmente está presente. A disfunção erétil está mais associada à fase crônica.
TRATAMENTO
Clínico Apresenta controvérsias em função de limitado conhecimento sobre sua etiologia multifatorial e fatores de risco. A fase aguda da Doença de Peyronie deve ser tratada de forma conservadora.
Cirúrgico O objetivo da cirurgia é corrigir a curvatura e permitir uma relação sexual satisfatória. A cirurgia só é indicada para aqueles pacientes com doença estável por no mínimo três meses.
Fundamental para escolher uma opção cirúrgica é a presença ou não de disfunção erétil. Caso não haja melhora da disfunção erétil com tratamento medicamentoso então deve ser adotado o implante de prótese peniana.
As técnicas cirúrgicas envolvem plicatura e técnicas de incisão e excisão (enxerto). Cabe ao urologista indicar uma ou outra na dependência dos achados clínico.